OFICINAS

O perfil dos oficineiros

Seremos mais do que FACILITADORES ou CONSELHEIROS.

Seremos ANIMADORES DA PARTICIPAÇÃO, CO-AUTORES com todos os participantes, mas com a responsabilidade de sistematizar as experiências e de estimular os índios à construção do conhecimento. Nosso intuito é promover que cada índio de cada nação possa contextualizar questões locais e globais de seu universo cultural e disponibilizar a possibilidade de múltiplas redes articuladas, oferecendo conexões, estimulando a cada índio simular, associar e significar. Desejamos estimular os índios a serem ativos, a se expressar e assim contribuir como co-autores do processo.

Queremos índios curiosos, inventivos, investigativos, criativos, participativos, cooperativos. Esse desafio é grande, porque historicamente eles foram massacrados, exterminados, excluídos, calados, chamados de burros, de incapazes e até tutelados. Ainda hoje existe um “órgão defensor” dos índios (FUNAI), que só defende os interesses do próprio órgão e que alicia a corrupção, que empestia as comunidades que quase não tem informação e que vem de longos processos de extermínio.

Seremos então CO-AUTORES de um processo de emancipação, de libertação, de partilha de saberes, de enriquecimento mútuo. Tecendo com fios acadêmicos e fios tradicionais, com fibra ótica e com humanidade, recriamos uma REDE, que outrora foi invenção dos índios e hoje é para o balanço de todos.

O papel das oficinas dentro do curso

As oficinas compõem um quadro geral do curso, que visa fortalecer 100 índias/os jovens e adultos de todo o Brasil para melhor projetar o desenvolvimento integral de suas comunidades, desenvolvimento com cidadania. Todas as oficinas, devem, de uma forma ou de outra, contribuir para alcançar o objetivo geral do curso, articulando-se nos eixos Cidadania; Desenvolvimento e Sustentabilidade; e Tecnologias de Informação e Comunicação.
Esta é uma ação de responsabilidade social, que busca parceiros voluntários que contribuam no acesso à informação e educação de índios, propondo oficinas e auxiliando na construção de projetos que projetem o desenvolvimento integral de suas comunidades. A qualquer momento, os oficineiros contam com o auxílio da equipe de planejamento, no sentido de orientar metodologicamente e quanto aos recursos do ambiente web, uma vez que as oficinas devem, preferencialmente, ser integralmente a distância.
Chamamos a atenção de que estamos intervindo em contextos diversos, cabendo aos oficineiros não apresentar “verdades” ou “respostas absolutas”, mas sim contribuir para que estas pessoas desvelem as potencialidades do seu entorno e criem, elas próprias, melhores condições de vida e desenvolvimento. É fundamental que todos os envolvidos atuem com respeito às culturas, aos costumes, às linguagens...


Estruturalmente, as oficinas propostas devem conter:

Título da Oficina: Algo que resuma a idéia central do que se pretende abordar, apresentado de forma instigante ao público pretendido;
Objetivos: Tudo o que se pretende desenvolver ou alcançar. Vale lembrar que estes são dados que vão auxiliar na escolha das oficinas pelos alunos;

A quem se destina: É esperado algum tipo de característica ou saber especial dos alunos que cursarão esta oficina? Nível de escolaridade? Habilidades em informática? Tempo? ...

Metodologia: De que forma serão atingidos os objetivos da oficina. Este tópico deve dar a noção do esforço que demandará cursar a mesma. Deve apontar se exigirá a leitura de textos (todos disponíveis on-line), chats ou quaisquer outros recursos, as atividades que serão realizadas, como serão distribuídas as horas, quais dias/horário ocorrerão encontros on-line (se estes existirem), bem como todas as informações que forem consideradas necessárias.
Também é necessário que o oficineiro envie à equipe de planejamento todo material a ser utilizado (textos, vídeos...) para que estes sejam disponibilizados no ambiente on-line. Caso seja necessário algum programa específico, este também deve ser informado.

Conteúdo: Os tópicos que serão abordados, descritos/enumerados de forma clara e objetiva;

Critérios de Avaliação: O que é esperado que o aluno realize/atinja ao final do curso; quais serão os instrumentos que aferirão estes índices; de que forma serão realizadas estas aferições. Lembramos que a avaliação não serve para aprovar ou reprovar um aluno, e sim, para dar subsídios ao oficineiro sobre sua oficina (é uma forma de feedback para saber se sua abordagem está funcionando), e à equipe sobre o andamento do curso, para saber quais são as dificuldades, quais são os tópicos que devem ser aprofundados...

Período: sugerido 1 mês. Nenhuma oficina pode ultrapassar 2 meses, que é o período do ciclo. Oficinas mais longas podem ser divididas em módulos, ministradas em ciclos diferentes. Porém, sugerimos que o curso tenha o mínimo possível de pré-requisitos, o que impediria a flexibilidade que o cursista deve ter ao traçar seu caminho de aprendizagem;

Carga horária: sugerido 40 hs. Esta sugestão facilita aos alunos a completar a carga horária total solicitada no curso, mas nada impede que sejam ofertadas oficinas com outra carga horária;

Oficineiro/a(s): breve apresentação de quem vai ministrar a oficina, de preferência dando indícios de quais contribuições pode trazer para esta comunidade.


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revisão: r6 - 05 Nov 2006 - 15:01:05 - AdrianeHalmann?
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