CETAD UFBA

"As drogas, mesmo o crack, são produtos químicos sem alma: não falam, não pensam e não simbolizam. Isto é coisa de humanos. Drogas, isto não me interessa. Meu interesse é pelos humanos e suas vicissitudes."
Antonio Nery Filho

Adicção e ajuda mútua: estudo antropológico de grupos de narcóticos anônimos na cidade de Porto Alegre (RS)

por LOECK, Jardel Fischer em

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Autor Ano Local de Publicação Local TemaSorted descending
LOECK, Jardel Fischer 2009   Porto Alegre

Instituição de Origem Estado Instituição Instituição Responsável
Universidade Federal do Rio Grande do Sul Rio Grande do Sul Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Formato da Obra Formato Disponível Número de Páginas Idioma
Dissertação de Mestrado Texto integral 158 Português

Resumo

Desde a metade do século XX os grupos de ajuda mútua de Narcóticos Anônimos vêm se firmando como uma alternativa terapêutica válida para pessoas que desenvolvem a síndrome de "dependência química". Surgidos como uma dissidência dos Alcoólicos Anônimos, estes grupos utilizam de maneira pragmática o conceito de "adicção" para nomear esta doença e classificam-na como incurável, sendo possível apenas o controle dos sintomas. Desta forma, a sua proposta terapêutica é pautada na abstinência total do uso de qualquer substância psicoativa e em um conjunto de princípios éticos, espirituais e subjetivos que devem ser seguidos pelos participantes com o objetivo de "vivenciarem a recuperação" através de uma mudança radical de visão de mundo. Este trabalho tem como universo de pesquisa a rede de Narcóticos Anônimos da cidade de Porto Alegre. Dentro deste universo empírico um dos objetivos da pesquisa é demonstrar, através da apresentação de quatro histórias de vida de participantes dessa rede, que a categoria "membro de Narcóticos Anônimos" é menos homogênea do que aparenta ser; há espaço para a apropriação instrumental deste universo simbólico e também para a preservação de particularidades subjetivas no processo de incorporação dessa identidade. Outro objetivo é apresentar as implicações da utilização do seu conceito próprio de "adicção" enquanto doença incurável. Finalmente, através de um relato etnográfico, procura apresentar as reuniões do grupo como um espaço marcadamente ritual, mas que preserva momentos de interação e difusão de símbolos também "fora do ritual".

Palavras Chave Narcóticos Anônimos (NA); ajuda mútua; dependência química; processo terapêutico; rituais; interacionismo simbólico
Link Dissertação de Mestrado
Referência para Citação LOECK, Jardel Fischer. Adicção e ajuda mútua: estudo antropológico de grupos de narcóticos anônimos na cidade de Porto Alegre (RS). 2009. 158f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Rio Grande do Sul, 2009.
Observação Material linkado com o Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações - Bilblioteca Digital UFRGS.


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