Cannabis e humor
 por SANCHES, Rafael Faria & MARQUES, João Mazzoncini de Azevedo  em 
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			|  Instituição de Origem  | 
			 Estado Instituição  | 
			 Instituição Responsável  | 
		
	
	
		
			|  Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (CNPq), Ribeirão Preto.  | 
			 São Paulo  | 
			 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina  | 
		
	
Objetivo: Avaliar as relações entre o uso agudo e crônico de cannabis e alterações do humor. Método: Os artigos foram selecionados por meio de busca eletrônica no indexador 
PubMed? . Capítulos de livros e as listas de referências dos artigos selecionados também foram revisados. Resultados: Observam-se elevados índices de comorbidade entre abuso/ dependência de cannabis e transtornos afetivos em  estudos transversais e em amostras clínicas. Estudos longitudinais indicam que, em longo prazo, o uso mais intenso de cannabis está relacionado com um risco
maior de desenvolvimento de doença bipolar e,  talvez, depressão maior em indivíduos inicialmente sem quadros afetivos; porém, os mesmos não encontraram maior risco de uso de cannabis entre aqueles com mania ou depressão sem esta comorbidade. Outra importante observação é que o uso de substâncias psicoativas em bipolares pode estar associado a uma série de características negativas, como dificuldade na recuperação dos sintomas afetivos, maior número de internações, piora na adesão ao tratamento, risco aumentado de suicídio, agressividade e a uma pobre resposta ao lítio.
Tratamentos psicossociais e farmacológicos são indicados para o manejo da comorbidade entre cannabis e transtornos afetivos. Conclusão: As
relações entre o uso de cannabis e alterações do humor são observadas tanto epidemiologicamente quanto nos contextos clínicos.