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História da Educação Musical no Brasil |
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Koellreutter e o Movimento Música Viva |
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< < | A chegada de koellreutter no Brasil em 1937 representou o início de um movimento de renovação, seguido pela nova geração de compositores brasileiros da época, do qual foi o líder absoluto (Neves, 1981, p. 84). Koellreutter radicalizou o ensino de música com a sua visão de afastar dos jovens os preconceitos e as idéias preconcebidas. Defendeu o questionamento constante de tudo, assim como o debate, de mostrar
"...que em arte, o erro e a falha, no sentido absoluto da palavra, não existem, que a arte vive das controvérsias e da contestação, que não se estudam os princípios estéticos e estruturais da música tradicional para seguí-los indiscriminadamente, mas sim, para decidir, quando e como contrariá-los e tomar consciência dos inúmeros problemas que inquietam o artista moderno da mesma maneira como inquietaram os artistas do passado" (Koellreutter, 1982, p 3-11). |
> > | A chegada de koellreutter no Brasil em 1937 representou o início de um movimento de renovação, seguido pela nova geração de compositores brasileiros da época, do qual foi o líder absoluto (Neves, 1981, p. 84). Koellreutter preocupou-se em abrir a mente dos jovens afastando os preconceitos e as idéias preconcebidas. Defendeu o questionamento constante de tudo, mostrando "...que em arte, o erro e a falha, no sentido absoluto da palavra, não existem, que a arte vive das controvérsias e da contestação, que não se estudam os princípios estéticos e estruturais da música tradicional para seguí-los indiscriminadamente, mas sim, para decidir, quando e como contrariá-los e tomar consciência dos inúmeros problemas que inquietam o artista moderno da mesma maneira como inquietaram os artistas do passado" (Koellreutter, 1982, p 3-11). |
| Foi em torno de suas idéias que criou em 1939 o “Grupo Música Viva”. O grupo pregava o poder da música como linguagem universal e combatia o nacionalismo enraizado no folclore que motivou a produção musical por quase meio século. Os principais seguidores do movimento foram Cláudio Santoro, Guerra Peixe, Edino Krieger, Eunice Catunda, Heitor Alimonda, Roberto Schnorenberg, Santino Pardinelli, Jorge Wilheim, Geni M. Koellreuter, Otávio Bevilacqua, Brasílio Itiberê, Luís Heitor e Egídio de Castro e Silva. Eles defendiam o estudo do folclore na sua origem técnica e não sendo aproveitado pela temática, como vinha acontecendo. Com a publicação da “Revista Música Viva”, em maio de 1940, contendo programas de rádio, concertos e audições experimentais, o grupo influenciou vários compositores jovens, impondo-se como movimento revolucionário (Marconde, 1977, p.510).
Segundo Mariz, as idéias do Grupo Música Viva foram divulgadas no Rio de Janeiro em primeiro de novembro de 1946 com o “Manifesto 1946: Declaração de Princípios”. Onde diz que “A música, traduzindo idéias e sentimentos na linguagem dos sons, é um meio de expressão; portanto, produto da vida social”. Apóia “tudo o que favorece o nascimento e crescimento do novo”, como “qualquer iniciativa em prol de uma educação não somente artística, como também ideológica; pois, não há arte sem ideologia.” Com relação ao ensino propõe “a substituição do ensino teórico-musical baseado em preconceitos estéticos tidos como dogmas, por um ensino científico baseado em estudos e pesquisas das leis acústicas, e apoiará as iniciativas que favoreçam a utilização artística dos instrumentos radioelétricos.” Além de defender princípios que abandona como ideal a preocupação exclusiva de beleza. O Música Viva acredita na função socializadora da música que é unir os homens, humanizando-os e universalizando-os. Apóia a iniciativa no sentido de desenvolver e estimular a criação e divulgação da boa música popular (Mariz, 1994, p. 300-2).
Kater (Kater, 1992, p. 23-25) acrescenta que o Manifesto 1946, apesar de ter sido assinado pelo Grupo Música Viva, foi provavelmente elaborado por Koellreutter. O Autor ainda cita alguns fragmentos do capítulo “Da educação artística, de uma mentalidade nova, de um novo estilo” que compõe o Manifesto 1945: |
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Conclusão |
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> > | Bibliografia
Koellreutter, H. J. “Procurando Contribuir para a Compreensão da Música de nosso Tempo.” Art 005 Revista da Escola de Música da UFBA, abril/junho de 1982.
Marcondes, Marcos Antônio .Enciclopédia da Música Brasileira: Erudita, Folclórica e Popular. 2ª ed. rev. ampl. . São Paulo: Art Editora, 1998.
Mariz, Vasco. História da Música no Brasil. 4a ed. Rev. e ampl. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994.
Neves, José Maria. Música Contemporânea Brasileira. 1a ed. São Paulo: Ricordi Brasileira, 1981.
Kater, Carlos. Aspectos Educacionais do Movimento Música Viva. Revista da ABEM, n°1, ano I, maio,1992. |
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